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Apeteces-me numa brancura lavada de uma cama perfumada; entre dois limiares de seda e o meu corpo emigrado no teu. Nas ondas do piano que entoa pela casa danço-te em claves de paixão e pautas de vida compassadas pelo tempo que não tem espaço para não ser.
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No interregno das cores respiro-te poeria celeste e pinto-te tatuagem na minha pele na moldura dos teus ombros.
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