terça-feira, 20 de julho de 2010

Não bastará nunca

.





.

“É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...”

.

Vinicius de Morais - Dialéctica

.

.

.

.

Mete a mão no meu peito e espreita-me quando o silêncio me estrangula e quando faço força uma força tremenda uma força para ter força que me tira as forças…mas faço força para parir a força para ter força para te seguir.

.

.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Surdina de silêncio

.

E o silêncio que deixas é aterrador compacto e pesado qual trave mestra que desaba com o telhado.

.

E o silêncio que deixas para trás é compacto, ensurdecedor sem me deixar ouvir o que a janela deixa espreitar por entre as brumas cortinas da memória, fico estátua de pedra, suspensa nos fios que me trazem aqui.

.

E o silêncio que deixo para trás quando regressas é amplitude que me afoga neste mar rodeado de terra.

.

E o silêncio que trazemos nos olhos é plenitude de asas brancas.

.

.

E não dizemos nada,

contemplamos a possibilidade que acontece

de braços caídos ao longo do corpo,

virados para as estrelas.

.

.

.