segunda-feira, 30 de maio de 2011

Senta-te aqui


Fico aqui, a olhar… a sinceridade na ponta dos dedos que me abre a alma em fenda de luz e me acende sol na vacuidade de um universo que deambula.


Serena… a contemplar o cheiro da terra e tu, em todas as coisas da vida.


Fico aqui, a respirar… asas de melro pó de borboleta nuvens de mar o perfume do nosso jardim, e inspiro, no silêncio do sorriso menino, e volto aqui, para respirar os átomos das estrelas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Espanto


Porque as palavras dão para abrigar o mundo e porque o tempo é somente mais uma dimensão porque os dias e as noites são lâmpadas na minha boca e o chão nuvens de açúcar porque os dedos são trigo maduro e o sorriso uma nascente porque os cabelos são cegonhas que poisam na palma da mão porque a tua alma me veste por inteiro.


E bastar-nos-ia ser borboleta.